É importante ressaltar que, Dona Bernarda Carvalho dos Santos, aos 89 anos de idade, é uma das últimas rendeiras viva, ela aprendeu a fazer renda aos 15 anos, colaborando com nossa pesquisa mostrou total lucidez ao nos informar que ainda guarda consigo seus bilros e sua almofada pois são lembranças de uma época já extinta em que as moças procuravam aprender o ofício, segundo a mesma, assim como ela, eram inúmeras as mulheres que trabalhavam com a renda, nos informou que no local em que ela mora, rua Bernardo Correia Lima, antigamente todos chamavam de “rua das almofadas”, pois era comum muitas rendeiras ficar nos fins de tarde nas portas de suas casas produzindo suas peças, que eram feitas por encomendas e vendidas para Dona Lili e Dona Nunci Escórcio.
Presume-se que foram nossos fundadores portugueses que deixaram essa herança para a nossa comunidade, porém uma característica em especial diferenciava o costume de nossas artesãs das demais, elas usavam bilros feitos de varetas de mameleiro com um tucum na extremidade, e ainda, usavam espinhos de tucunzeiro, e ou, de mandacaru substituindo os alfinetes. A renda representava naquela época aquilo que representa hoje o bordado, ou seja, uma alternativa de melhorar o rendimento de inúmeras famílias.
Pesquisa: Prof. Gildazio e Nenêm Calixto
http://www.portalburitiense.com.br/2011/01/10/antes-do-bordado-buriti-era-a-cidade-das-rendas/#comment-1366
Filed Under: Cultura, Manchete
Fonte das fotos: http://vivonumailha.com/page2/page8/page8.html
Renda de bilros
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Renda_de_bilros
A renda de bilros é realizada sobre uma almofada dura, o rebolo, cilindro de pano grosso, cheio com palha ou algodão, cujas dimensões dependem da dimensão da peça a realizar, coberto exteriormente por um saco de tecido mais fino.
A almofada fica sobre um suporte de madeira, ajustável, de forma a ficar à altura do trabalho da rendilheira.
No rebolo, é colocado um cartão perfurado, o pique, onde se encontra o desenho da renda, feito com pequenos furos.
Nos furos da zona do desenho que está a ser realizada, a rendilheira espeta alfinetes, que desloca à medida que o trabalho progride.
Os fios são manejados por meio de pequenas peças de madeira torneada (ou de outros materiais, como o osso), os bilros.
Uma das extremidades do bilro tem a forma de pêra ou de esfera, conforme a região. O fio está enrolado na outra extremidade.
Os bilros são manejados aos pares pela rendilheira que imprime um movimento rotativo e alternado a cada um, orientando-se pelos alfinetes.
O número de bilros utilizado varia conforme a complexidade do desenho.
Em Portugal a arte da renda de bilros tem especial expressão nas zonas piscatórias do litoral, com maior relevo para Peniche e Vila do Conde, onde esta arte é antiquíssima
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Algecira Castro